Olhar para a sua história e o seu percurso leva-me sempre a pensar que ter 7 vidas não é só para os gatos... De menino das Galveias que conhecia todos os segredos do campo, a avó diácono, incansável no serviço aos outros, são tantas as histórias e aventuras vividas ao longo destes 68 anos, que um só livro não chegaria.
- Fala-me sobre África. E sobre os pássaros. E sobre as energias renováveis. E sobre... e sobre... e sobre...
Pedia eu, filha "chata", nas nossas viagens de carro. Hoje, o que me interessa pedir-lhe, é sobretudo isto:
- Fala-me sobre a tua vida, pai...

Um grande beijinho de parabéns!
... pela mão dos mai'novos.


Sebastião a fazer festas nos nossos gatos:

(Titão) A vaca dá-nos o leite... As ovelhas a lã... As galinhas os ovos... E os gatos dão-nos o quê?
(Mãe) Carinho e companhia.
(Titão) Bem me parecia...
(Mãe) Achas pouco?
(Titão) Não! Então cá em casa, especialmente com o Dudu (o aperta-gatos)... é uma tarefa bem difícil!

Cresceu entre o "não-se-cala" do Afonso e a "chinfrineira-em-stereo" dos gémeos, conquistando o seu espaço com o seu sorriso contagiante e o seu coração gigante.
É o meu filho dos abraços, das palavras meigas, da inocência comovente, que todos os dias me recorda que a alegria reside (ou pode residir, se quisermos) nas mais pequenas coisas.
Obrigada, Titão, por estes 9 anos de ensinamentos!

(Dudu no carro, pensativo) Ó mãe, nós estamos todos na televisão, não é?

(Mãe) Na televisão como?

(Dudu) Eu acho que nós estamos a aparecer nas televisões dos outros mundos...

Uma espécie de Big Brother planetário, a passar 24h por dia para quem, lá algures no universo, tiver paciência e estômago para nos ver.
Não sei o que acham da ideia, mas a mim parece-me uma excelente reflexão para esta noite...

"Venha aprender a viver a sustentabilidade" parece-me um grande mote.
Eu já tenho o meu bilhete. Quem se junta?

http://www.greenfest.pt/agenda/

A trabalharmos para a saudável convivência interespécies...



PS - Está a correr melhor do que certos dias de convivência entre manos da mesma espécie... :)
A organização é de uns bons amigos, pais de 3 filhotes, empenhados em fazer, acontecer e pôr a mexer diferentes espaços com múltiplas atividades.
Amanhã á a vez do Porto de Recreio de Oeiras, e a festa é totalmente dedicada às crianças (e aos pais e família que as acompanharem, claro).
Até lá!


(Nonô) Olha, mamã... fiz um cestinho com ovos de águia. Até tem um lacinho!
(Mãe) Que lindo, Nonô! E tu, Dudu? O que é isto?


(Dudu) É um senhor que estava na rua, cheio de frio porque não tinha camisola... E ele perdeu a cabeça...

Vou acreditar que as crianças diferentes estão cá para fazer a diferença... seja de que forma for!



(Titão) Mãe, este ano não vou convidar o X para a minha festa.
(Mãe) Então porquê? Zangaste-te com ele?
(Titão) Ele na minha festa do ano passado foi muito mau para mim...
(Mãe) Foi?? Mas o que é que ele te fez?
(Titão) Já não me lembro. Só me lembro que não gostei. E que não quero que ele me faça outra vez.

Titão típico, no seu melhor. Não guarda pormenores, guarda sentimentos. É feliz no reino dos afetos. Mas escusam de lhe perguntar o que fez, e quando, onde deixou as coisas ou até o que aprendeu, que isso não interessa nada...
(Nonô) Mãe, depois da história tens de ir ao youtube e procurar uma música de relaxamento.

A "ordem" foi dada por um pirralhinho de 5 anos e, desta vez, nada teve a ver com as ideias loucas da mamã. Já tinha experimentado umas pseudo-meditações cá por casa, mas a sugestão, assim concreta e direta, partiu da escola. A educadora dos gémeos começou a fazer uma sessão de relaxamento após o almoço e a brincadeira no parque, para os preparar para o regresso às atividades, e os alunos aderiram da melhor forma possível.
Agora... agora é fazer em casa, antes de dormir, e ajudar os pais a relaxar também!

(Dudu) Põe essa, mamã! Nós gostamos muito dessa.

Já conheciam até os ícones das mais escolhidas. E eu ainda achei que a coisa ia dar para o torto, sobretudo com o pequeno Dudu, que é sempre o mais agitado àquela hora. Mas, para surpresa da mamã, sentaram-se os dois de pernas cruzadas, mãozinhas em cima dos joelhos, fecharam os olhos e respiraram fundo, uma, uma e outra vez.

(Nonô) Também tens de fechar os olhos, mamã!

Era difícil, com a vontade que eu tinha de os espreitar, todos concentradinhos. Mas lá aderi e a verdade é que me soube muito bem. Depois fomos calminhos para a cama, demos os nossos beijinhos e abracinhos, e, não posso falar por eles... mas eu cá dormi bem melhor!

PS - Não é a preferida dos meus filhos (só a minha), mas aqui fica a sugestão.
E pronto... o nosso calendário das atividades extra-curriculares parece estar concluído. Só falta encaixar a patinagem da Nonô (vamos ver onde e quando. OMG!)
Quando eles crescerem e eu e o pai formos demitidos do nosso trabalho em part time de motoristas (das 16h.30 às 21h, onde ainda somos animadores, explicadores, psicólogos, cozinheiros e etc), nem sei o que vamos fazer com tanto tempo livre...

(Dudu) Olha aquela casa, mãe... Eu não sabia que as casas também podiam ter tatuagens...

Cá em casa gostam todos de contar o que lhes aconteceu na escola (o Titão é sempre o que tem menos vontade, mas lá se deixa contagiar pelos irmãos), mas para quem tem filhos que não contam nada, aqui ficam 25 perguntas diferentes formuladas por uma mãe americana, que talvez ajudem a "arrancar-lhes" mais qualquer coisita...

1. Qual foi a melhor coisa que aconteceu hoje na escola? E a pior?

2. Conta-me algo que te tenha divertido hoje.

3. Se pudesses escolher, sentavas-te ao pé de quem na sala? E quem é que não queres que se sente ao pé de ti?

4. Qual é o sítio que mais gostas na escola?

5. Diz-me uma palavra esquisita que ouviste hoje.

6. Se eu telefonasse agora à tua professora, o que é que ela me ia dizer sobre ti?

7. Ajudaste alguém a fazer alguma coisa hoje?

8. Alguém te ajudou a fazer alguma coisa hoje?

9. Diz-me uma coisa que tenhas aprendido hoje.

10. Qual foi o momento mais giro de hoje?

11. O que é que te chateou hoje?

12. Se um extraterrestre entrasse na sala e pudesse levar alguém com ele para fora dali, quem é que querias que fosse?

13. Com quem é que gostavas de brincar no intervalo que ainda não brincaste?

14. Diz-me uma coisa boa que tenha acontecido hoje.

15. Que palavra é que a tua professora te ensinou hoje?

16. O que é que achas que devias fazer ou aprender mais na escola?

17. O que é que achas que devias fazer menos na escola?

18. Na tua sala, com quem é que achas que podias ser mais simpático/a?

19. Em que sítio é que costumas brincar quando estão no intervalo?

20. Quem é a pessoa mais engraçada na tua sala? Porquê?

21. O que é que gostaste mais no almoço de hoje?

22. Se amanhã fosses tu a professora, o que é que mudavas?

23. Há alguém na tua sala que está a precisar de descansar?

24. Se pudesses trocar de lugar com alguém, com quem é que trocavas?

25. Diz-me três vezes em que tenhas usado o lápis hoje.

(http://observador.pt/2014/08/30/25-formas-de-perguntar-como-correu-escola/)
A dois dias da Cimeira do Clima da ONU, Lisboa é hoje uma cidade mais verde, com diversos eventos a decorrer durante a tarde. Em outros 165 países decorrem iniciativas similares (espreitar aqui). A prova de que "To change everything, we need everyone."

Foi a entrar no espírito que rumámos ao Museu da Eletricidade, onde decorria um dos eventos. E... levámos a nossa cadela! Eu sei que para muitos dos comuns mortais isto é uma coisa básica, mas a pobre da nossa Cuca veio parar a uma família cheia de filhos e confusão, e raramente tem feito parte dos nossos programas. Mas hoje era Dia Verde, a criançada prometeu portar-se bem, e a Cucu veio connosco, na bagageira, para uma primeira grande aventura fora dos limites do nosso bairro.

(Dudu) A Cuca já tinha visto o mar?
(Mãe) Não.
(Dudu) Eu acho que ela vai gostar da ponte 25 de Abril...

E gostou. Mas gostou um bocadinho mais dos tantos outros cães que por lá andavam, dos restos de pipocas do chão e das centenas de festinhas que levou pelo caminho, das pessoas que passavam.
Prova superada! Quanto ao ambiente, vamos mesmo esperar que na Cimeira de dia 23 se tomem as medidas necessárias. Se criem as alternativas fundamentais. Quanto a nós, cá em casa, tentaremos fazer também o que estiver ao nosso alcance. Crescer em consciência. Modificar pequenos hábitos e partilhar boas práticas. Ou não fosse a grande mudança a soma dos pequenos gestos...




O Dudu sabe o que quer. É independente. Audacioso. Mas quando chega a festas de anos...

(Dudu) Mamã, eu fico se tu ficares comigo...

E durante estes anos todos a mamã lá ia e ficava, e ficava, e ficava... Já levava sempre um livrito ou dois na mala, para matar o tempo, e lá ia acumulando festas, umas atrás das outras, sempre perguntando ao Dudu se não era já tempo de ficar sozinho. Até porque a Nonô desde a primeira festa que me manda embora: quer ficar sozinha com as amigas!

Hoje, a caminho de mais uma festa, voltei a insistir com o pequeno Dudu: que ele estava crescido, não precisava da mãe por perto, a mãe tinha de aproveitar o tempo, se fosse preciso ele pedia à mãe do aniversariante para ligar, e bla bla bla. Mas já ia preparadinha para mais uma tarde à espera, com direito a livrinho e Visão.
Eis senão quando, uma meia hora depois de termos chegado, o Dudu vem ter comigo:

(Dudu) Pronto, mamã. Podes ir embora.
(Mãe) Venho buscar-te só no fim da festa??
(Dudu) Sim. Anda, que eu levo-te à porta.

Levou-me à porta, sorridente. Saí, ele seguiu-me pelas grades, e já ia eu em passo largo em direção ao carro, chamou-me:

(Dudu) Mamãaaaaa!

Pensei que o caldo tinha entornado, afinal tinha sido falso alarme, lá iria eu perder a minha tarde toda e tal... Mas quando chego à porta, ele rasga-me um sorriso e diz-me:

(Dudu) Não demos nenhum beijinho.

Beijei-o repenicadamente. E depois ainda tive direito a aviso:

(Dudu) Vai com cuidado!

E pronto. Assim se perdeu mais um medo cá de casa. Suavemente, sem imposições nem pressas. Nem sempre pode ser assim, nem sempre corre bem, mas desta vez acho que foi como teve de ser, e correu muito bem!
Valente Dudu!
Mamã começa a tocar uma música celta na flauta. Nonô arregala os olhos e senta-se no chão de olhos fechados, pernas cruzadas e braços em posição flor de lotus.
Não digo nada até a música terminar. Vejo-a apenas ficar muito concentrada e respirar.
Quando a música termina, ela abre os seus olhinhos brilhantes e levanta-se, sacudindo os braços.

(Mamã) Porque é que te sentaste assim, Nonô?
(Nonô) Estava a relaxar. E com a tua música imaginei que era um índio. Devias experimentar, mamã. Por exemplo antes de ires dormir...

Decididamente, estamos sempre a aprender com eles...

Dudu tossica, mamã (que anda sempre aos abraços e beijinhos) começou a tossicar também.

Lá fui novamente consultar a minha cábula da macrobiótica:

- Chá de cascas de cebola
- Chá de nabo com mel de arroz

O segundo é elaborado demais para a minha parca habilidade e para os escassos ingredientes que tenho na despensa. Mas o chá de cascas de cebola é facílimo de fazer, sabe bem (até o Dudu gostou!) e, com jeitinho, vai-nos livrar desta coceira na garganta.

Aqui fica a sugestão, para quem quiser experimentar.
E pronto, lá seguiu a nossa última gatita bebé... A casa ficou vazia de bebés, acabaram-se outra vez os biberões e os xixis fora do sítio. E a sensação, com as devidas diferenças, foi semelhante à do primeiro dia em que me vi com a filharada toda na escola. Ufa, ufa! Por um sossego e um pouco de tempo para mim. Mas por outro... ai que casa tão vazia! Porque é que eles têm de crescer??

Contradições de mãe.
Contradições de dona.
Adeus, Yasmim, que tenhas uma vida feliz.

Conheci a Cristina Baptista nas voltas da vida, por entre trabalhos, e rendi-me ao seu sorriso. Ortodontista de profissão, descobriu um dia que o verdadeiro sorriso vinha de dentro, e que era esse, acima de qualquer outro, o que ela queria ajudar as pessoas a recuperar. Fundou a Associação Sorrir, o projeto O Maior Sorriso do Mundo, e hoje anda pelas escolas a formar professores para a Smile Dance, uma ferramenta que ela acredita (e eu também!) que transforma a escola num lugar mais afetuoso. E uma escola onde as emoções e os afetos são trabalhados, é também uma escola onde os alunos têm mais confiança, mais sucesso, mais pré-disposição para aprender e cooperar.

Queremos boas notas? Muito bem! Então vamos lá trabalhar os afetos!

Claro que depois olhamos para o dia-a-dia nas escolas e não encontramos sequer espaço para isto, por entre tantas matérias, avaliações, pressões, burocracias. Por mais que os professores se desdobrem, o peso recai sobre os conhecimentos adquiridos. E a gestão das emoções, condição base para sermos pessoas bem sucedidas e, mais importante do que isso, pessoas felizes?
E a Cristina deu-me um bom exemplo: se estamos sob stress, angústia, medo, revolta, é libertado em nós um verdadeiro cocktail de hormonas que são as mesmas que atuam nos momentos em que está em causa a nossa sobrevivência. Estar em pé, em frente a uma turma, a ser avaliado, pode não ser muito diferente de estar na selva a fugir de um leão. Ou estar pendurado de pernas para o ar numa varanda de 5 andares. Agora experimentem dizer a tabuada a fugir de um leão ou de cabeça para baixo...

O contexto de aprendizagem tem de ser de segurança, de harmonia, de sorrisos. De felicidade. E felicidade é sucesso.

PS - E se puderem, não deixem de ler o livro da Cristina: "A Magia do Sorriso".


A Nonô resolveu dar-me uma aula sobre o nome das armas e dos animais do seu reino.

(Nonô) Barda, vorma, lerna, parca...

Acho que vou chumbar a Nonônhês...

Foi-me enviado pela minha mãe e é daqueles textos/imagens que não podem deixar-nos indiferentes.
Num tempo e numa vida que tende a tornar os mais idosos "descartáveis" - só porque não são produtivos, numa lógica de consumo que tem minado por completo a nossa sociedade - perdemos todos com a ausência e a distância daqueles que sabem mais do mundo do que nós. Que já acertaram e já falharam, que já conquistaram e já perderam, que já sabem que o tempo não chega para tudo, mas que por isso mesmo é preciso saboreá-lo e dar-lhe valor, com as prioridades certas.
E mesmo quando já nada disto nos puder valer, existirá sempre tudo aquilo que fizeram por nós. Como esquecê-lo?
Obrigada, mãe. Pela imagem, mas sobretudo por tudo o resto.

Os filhos crescem... e as máquinas cá de casa também!

- Tostadeira industrial
- Torradeira 4 entradas
- Arca frigorífica
- Frigorífico XL

O pai (que é mais o homem das máquinas) já fala em comprar uma máquina de cortar queijo e fiambre. Aí é que ficamos com a pastelaria montada!


(Mãe) Então, como correu?

O pai foi deixá-los à escola. Primeiro dia para os mais velhos. Mãe já habituada a estas coisas mas com a ansiedade natural do primeiro dia dos filhos.

(Pai) O Afonso saiu do carro, nem o vi mais. O Sebastião pediu para ir sozinho, já não quer que o levemos.

E assim vão eles crescendo e pedindo-nos o seu espaço, advogando a sua independência. Valham-nos os gémeos para ainda gozarmos mais um pouco os laços e as dependências da infância...
Depois de mais um fim de semana cheio de festas de anos... e muitas guloseimas pela frente, o Sebastião encostou à boxe ontem à tarde, cheio de dores de barriga. Contorcia-se mesmo, aflito, e para ficar no quarto sozinho, agarrado à barriga, era porque a dor era séria.

(Titão) O que é que eu faço, mãe?
(Mãe) Nas próximas festas tens de pensar antes de comer. Tu sabes o que te faz mal. Tens de ser tu a fazer as tuas escolhas...

Mas a festa já lá ia, as más escolhas também, agora era arcar com as consequências.

(Titão) Tens algum medicamento para isto passar?

A mãe não é muito amiga de dar medicamentos, por isso resolvi ir pesquisar na minha sebenta da macrobiótica as mezinhas naturais aconselhadas:

- Creme de kuzu (o kuzu é o amido de uma raiz, que já se encontra facilmente nas casas de produtos naturais)
- Emplastro de sal

Meti mãos à obra e aqueci a barriguita do meu filho com sal quente, dando-lhe pequenos goles de creme de kuzu. Nunca tinha experimentado de forma tão "aplicada" as mezinhas caseiras da macrobiótica, mas 15 minutos depois, o meu filho levantou-se e disse que estava óptimo. Não voltou a queixar-se até ao final do dia. Não tomou medicamentos e prometeu que, nas próximas festas, ia tomar cuidado. Ainda disse que eu era a maior - o que foi talvez a parte mais interessante disto tudo.

Estou portanto oficialmente fã das mezinhas caseiras da macrobióticas. Para quem quiser experimentar, aqui ficam as receitas:

Creme de Kuzu
Para diarreias ou fraqueza intestinal; como revitalizante; para constipações.

Preparação:
Dissolva uma colher de chá rasa de kuzu num pouco de água fria. Junte a uma chávena de água fria e deixe levantar fervura enquanto mexe constantemente. Adicione uma pitada de sal ou um pouco de molho de soja shoyu.

FONTE: http://www.e-macrobiotica.com/imp/artigos/alimentacao/plantas-terapeuticas


Emplastro de Sal
Excelente para dores de estômago, dores abdominais, dores menstruais, diarreia.

Preparação:
Aqueça sal numa frigideira até este ficar bem quente.
Embrulhe o sal numa toalha de algodão espessa, e aplique na área afectada.
Mantenha o emplastro até este arrefecer, podendo depois, se ainda necessário, voltar a aquecer o sal, e tornar aplicar.

FONTE: http://cultodoconhecimento.wordpress.com/2013/07/15/tratamentos-caseiros-para-uso-externo/
Ontem o primo ZM dormiu cá em casa e os três rapazolas quiseram ficar na jogatana com ele até mais tarde.

(Nonô) São jogos de rapazes, mamã. O que é que eu posso fazer?
(Mamã) Vamos aproveitar e ler histórias de menina...

Os livros da Anita que a mamã tinha trazido da biblioteca ainda não tinham visto a luz do dia. Os manos não gostam da Anita, ponto final. Eriçam-se todos mal avistam a capa, não vá a feminilidade pegar-se e alastrar-se neles tipo sarna. A Nonô resmunga, mas a mamã tenta que as histórias sejam do agrado de todos, para que a noite termina de forma (o mais possível, dentro do género) tranquila.

(Mamã) É hoje, Nonô! Escolhe o livro da Anita que tu quiseres!


Foi buscar a "Anita dona de casa" - um dos meus preferidos, só atrás da "Anita Mamã" - e aninhou-se no meu colo, como eu fazia em pequenina, no colo da minha mãe.
Lemos a história, sem pressa, sem manos a atropelar-nos e a mandar bocas. A Anita cuidou da casa na ausência da mamã, e a Nonô terminou a história com vontade de me ajudar mais vezes, aprender a fazer o jantar e a estender a roupa...

(Nonô) Eu e o Dudu podíamos ser a Anita e o Pedro. E fazer uma surpresa à mamã...

A mamã é que não vai deixar a Nonô e o Dudu sozinhos em casa um dia inteiro. Não vai deixá-los usar os produtos de limpeza nem estragar a roupa na máquina. Não vai deixar que usem as facas para cortar os legumes nem o fogão para fazer a sopa. Na vida real dos dias de hoje, é tudo um bocadinho diferente em relação aos livros da Anita. Mas se estes continuarem a inspirar-nos boas intenções, continuarão a ser-nos muito úteis.

(Nonô) Prometo ajudar-te mais vezes, mamã.
Os meus manos já foram embora, para um novo lar, novas aventuras. Agora só resto eu. Sou pequenina e delgadinha, mas como bem, faço as minhas necessidades no sítio certo e sou muito calminha. Quem me levar para sua casa e cuidar de mim, terá em troca a minha companhia, nos bons e nos maus momentos.
A Sara até cuida bem de mim, mas já tem outros dois gatos, uma cadela, uma tartaruga, dois peixes... e 4 filhos que adoram apertar-me nas suas mãozinhas delicadas. Acho que está na hora de partir, mas preciso de alguém que me leve. A Sara agradece a vossa generosidade. E eu também :).
Ass: Gatita-ainda-sem-nome


https://www.youtube.com/watch?v=sM1JJmuza6o

Para ver com carinho, de olhos postos na criança que existe em nós.
Talvez não precisemos de ser um Peter Pan. Mas talvez possamos pensar como poderá a nossa vida dar-nos um gozo maior. Como desfrutar das pequenas coisas, como aproveitar este grande privilégio que é ver o sol nascer todos os dias e a chuva encher a terra de renovada vida. Rir do riso das crianças. Abraçar alguém de quem se gosta. Correr ao lado do tonto do nosso cão que nos deixa a roupa toda suja.
A criança que há em nós não é demasiado inocente, imatura ou inconsequente. A criança que há em nós sabe amar só porque sim, sabe esquecer o que não importa, sabe usufruir de cada momento como se não houvesse outro. E isso, independentemente da fórmula da felicidade que cada um de nós encontra, é meio caminho andado para tudo fazer muito mais sentido...

(Dudu) Ó mãe, diz lá... quais é que são as regras cá de casa?

Estiveram a ver as regras da sala de aula na escolinha, e o Dudu quis saber quais eram, afinal, as regras da nossa casa.

(Mãe) Se vocês puxarem pela cabeça, sabem quais são as regras da nossa casa. Ora digam lá, que a mãe escreve.

Fui buscar um caderno e uma caneta e comecei a escrever. Afinal, parece que todos conheciam as regras da casa onde vivem...
"Não rir quando as pessoas estão a tomar banho nuas" e "Não baixar as calças no Gungnam Style" são regras que eu desconhecia, mas parecem-me bem.
Agora falta o mais difícil... cumprir!

(Afonso) Diário da minha conversão? A sério, mãe?? Agora querem converter-me a outra religião???
(Afonso) A sério, mãe??? Mas sempre foste tu que forraste os livros...

É verdade. Em duas ou três noitadas, a forrar dezenas de livros (alguns absolutamente dispensáveis!). Mas isso agora acabou. O Afonso já tem idade para o fazer sozinho e o Sebastião não teve outro remédio senão aprender também (e claro que demonstrou muito mais jeito para a tarefa do que o irmão!).
Os livros ficaram com algumas bolhas, Nota negativa a perfeição, mas com jeitinho eles vão pensar duas vezes antes de os estragarem. E a mamã despachou tudo numa tarde... :)

Para o ano há mais! E é a quadriplicar...


Mãe arranca de casa filhos mais velhos para irem levantar os livros da escola e comprar o material em falta.
Filhos resmungam forte e feio.

(Sebastião) Não me desgraces a vida, mãe!
(Afonso) Vai começar a inferno...
(Mãe) Mas vocês não se divertem mesmo nada nada na escola?
(Afonso) Sim, nos intervalos.
(Mãe) Mas há aulas que vocês gostam... matérias mais interessantes... ou não?

Torceram os dois o nariz. Sim, e tal. Algumas coisas. Mas poucas. Tudo o mais era uma verdadeira tortura.

(Mãe) Então como é que vocês gostavam que fosse a escola?
(Sebastião) Brincar o dia todo!

Claro que sim. Quem não gostaria...

(Afonso) O Sebastião tem razão! A escola é uma prisão! O dia todo sentado, a trabalhar, trabalhar, trabalhar...
(Mãe) Então pensa, Afonso. O que é que tu mudavas?

Pensei que a resposta tardasse a aparecer, mas afinal estava na ponta da língua.

(Afonso) Para já, acabava com os exames. Não achas que somos novos demais para estar com aquela pressão toda em cima? É testes a toda a hora... exames...

Medida 1... Aprovada! Queremos uma escola menos competitiva!

(Afonso) Depois, punha mais aulas práticas. Olha a de Ciências... nós a falar sobre uma data de coisas que nunca vimos na vida, a ter de decorar aquilo tudo...

Medida 2... Aprovada! Queremos uma escola com aulas práticas, na floresta, em museus, junto ao mundo que lhe vamos deixar de herança.

(Afonso) E os professores tinham de nos falar mais das vidas deles, darem-se mais connosco. Há professores que nós nem sabemos quem são. Nunca nos falaram deles, nem das suas experiências...

Medida 3... Confesso que nunca tinha pensado nisso, mas... Aprovada! Queremos uma escola onde os professores voltem a ser os mestres da vida. (e desculpem-me aqueles que já o são, ou aqueles que tentam mas não têm condições na escola para o ser... mas faz-me todo o sentido que assim fosse)

Chegámos ao destino e as medidas ficaram por aqui. Mas voltaremos ao tema esta noite. Afinal, parece que as crianças não querem simplesmente "matar" a escola. Querem uma escola que os forme, mas que os deixe também ser felizes, livres, onde aprendam com os mais velhos coisas do mundo e experiências de vida.
Vamos juntos pensar sobre isto?
Tarefa do dia para os manos mais velhos, que ainda têm 4 longos dias de férias pela frente: escrever um compromisso para o próximo ano (que, na idade deles, ainda começa a meio de setembro e termina a meio de junho).
Claro que o desafio foi imposto. Claro que me tentaram dar graxa para os deixar ir brincar sem sermão. Mas quero acreditar que, durante a meia hora em que estiveram a fazê-lo, pensaram efetivamente naquilo em que precisam de melhorar...

Agora é espetar no frigorífico e pedir que releiam de tempos a tempos, quando as boas intenções já tiverem passado à História.

A Festa da Família está a chegar, é já nos próximos dias 20 e 21 de setembro, no Hipódromo de Cascais, e a Associação Portuguesa de Famílias Numerosas está a sortear 5 bilhetes. Aqui fica a informação, aos interessados.
Os "interessados" cá de casa já estão em contagem decrescente...

"
Nos próximos dias 20 e 21 de Setembro traga a sua família ao Hipódromo de Cascais! Uma festa com diversão para toda a família e para todas as idades. Consulte mais informação e todo o programa em http://www.familyland.pt/
Quer habilitar-se a ganhar um dos cinco bilhetes que estamos a oferecer para toda a família? Para participar só têm de gostar das páginas da página organizadora do sorteio, do evento Family Land e da Associação Portuguesa de Famílias Numerosas, preencher o formulário abaixo e partilhar o Passatempo PUBLICAMENTE no seu mural do Facebook. Podem participar todos os dias no decurso do Passatempo. A selecção será aleatória através de random.org.
"

(Dudu) Mãe, sabes que o passarinho lá da escola morreu?
(Mãe) Ai foi?
(Dudu) Mas não faz mal. Agora ele está no céu com a bisavó H. Ela está a tomar conta dele.

E esta é mais uma daquelas certezas à-la-Dudu que a mamã não terá coragem de contestar...
3 gatitos já lá foram, para os seus novos donos. Outros 2 irão na próxima semana. Faltam ainda as 2 gatitas brancas e amarelas, que continuam à espera de um novo lar e de um novo dono que lhes dê carinho, em troca de uma boa companhia.
Alguém interessado?

Primeiro desenho da Pré! Sobre as férias que já lá vão, claro está...


(Mãe) Quem é este de pernas abertas, Nonô?
(Nonô) É o pai. Eu mergulhei e estou a passar debaixo dele.
(Mãe) E falta-te aqui um mano...
(Nonô) O Dudu estava ali ao pé de mim, já não precisei de desenhar.

É justo!


(Mãe) Fizeste o teu nome ao contrário, Dudu. Eu disse-te que devias ter treinado nas férias...
(Dudu) Deixa lá. Um dia eu vou saber.
(Mãe) E tu não andaste de avião nestas férias, Dudu...
(Dudu) Pois não. Mas vi um avião no céu e quis fazer.

Pois claro. Venham mais desenhos, que eu já tinha saudades!
(Mãe) Afonsinho... olha só o que a mãe comprou para ti...

O "Afonsinho" tem quase 11 anos mas desenha como se tivesse 4, o que lhe valeu o único 3 na pauta. As notas valem o que valem, o rapaz também não quer ir para pintor, mas saber expressar uma ideia através do desenho pode dar sempre jeito a qualquer altura. E estes livros do Lidl, a 3€, vieram mesmo a calhar...

(Afonso) Socoooooooooooorro!

(Dudu) Sabes o que é que é o mais importante de tudo, mãe? O escudo.
(Mãe) Mas nós já não usamos o escudo, filho. Usamos o euro. E tu achas mesmo que o dinheiro é o mais importante de tudo?
(Dudu) Não é esse escudo! É o escudo para nos protegermos dos maus, nas batalhas. Se não tivermos escudo podemos morrer...

A nossa cabeça, hoje em dia, está tão voltada para a economia, que o primeiro escudo que nos vem à mente é a moeda.
Venham de lá esses escudos contra os maus! Contra as injustiças. Contra as guerras. Afinal de contas, com mais ou menos moeda pelo meio, é sempre de proteger (e viver!) a vida que se trata...
Dudu no carro, a caminho da escola:

(Dudu) Diz lá, mamã... Como é que vamos limpar o nosso planeta?
(Mãe) Não sei, Dudu. Tens alguma ideia?
(Dudu) E se toda a gente do mundo limpasse o planeta durante um dia inteiro?

O Dia da Limpeza Mundial. Será difícil pensá-lo de forma global, quando em algumas partes do mundo se pensa mais em limpezas étnicas, religiosas e raciais. Mas a ideia agradou-me. E se criássemos um dia em que cada um de nós, que habita este planeta, tirasse algumas horas do seu tempo para o tornar mais limpo?


Na história de Boa Noite de hoje, repescámos "Os 7 Hábitos das Crianças Felizes" para ler uma história que já tínhamos várias vezes passado à frente. Metia futebol, a Nonô nunca queria... mas hoje lá a convencemos e lemos a história dos Texugos Valentões, que foram jogar futebol com os amigos dos 7 Carvalhos. Estes mostraram ser uma desgraça em campo, até que resolveram perceber em que é que cada um deles era bom, planeando assim uma estratégia que acabou por levá-los à vitória.

(Mamã) Estão a ver, meninos? Vocês andam sempre às turras uns com os outros, quando tentam organizar uma brincadeira... só têm de perceber no que é que cada um é bom e trabalharem em equipa.
(Titão) E em que é que cada um de nós é bom?
(Mamã) O Afonso é bom a ter ideias, tu és habilidoso e motivas os manos mais novos, o Dudu também tem ideias loucas e é rápido a correr, a Nonô faz tudo muito direitinho e torna as coisas mais bonitas...
(Nonô) E tu és boa a escrever, mamã!

Pronto. É justo. Fazemos uma bela equipa.
Mesmo com todas as vantagens de ter a filharada de férias (companhia, aprendizagem, diversão, horários menos rígidos)...
Mesmo com tudo aquilo de que me queixo no sistema escolar atual (pouco tempo para a individualidade e talentos naturais, muita matéria e pouca prática, etc etc etc)...
... viva o regresso às aulas!
As férias foram longas, o trabalho da mamã correu a meio gás e agrada-me a perspetiva de voltar a ter algumas horas do dia para trabalhar com tranquilidade. Claro que daqui a um mês (um mês?? Uma semana!) já vou estar a suplicar por férias outra vez, por tempo de qualidade com os meus filhos, sem horários e com tantas coisas boas. Mas amanhã... amanhã vou deixá-los na escola e respirar fundo. Ser mãe é uma aventura maravilhosa. Mas ter algum tempinho para sermos outras coisas para além de mãe também nos faz falta de vez em quando...

(Mãe) Meninos! Amanhã começam as aulas.
(Nonô) Uau! Tenho tantas saudades das minhas amigas... e da minha professora...
(Dudu) Eu não posso ir, mamã. Estou cheio de febre...
Há mais de meia hora que a bailarina Nonô está colada à televisão da cozinha a ver um bailado no canal Mezzo.


(Mãe) Estás a gostar, Nonô?
(Nonô) Sim! Eu imagino que sou eu que estou a dançar ali no palco.

Tal mãe, tal filha.

(Nonô) Eu sou aquela, mamã. E tu, qual és?

Deixo-lhe a principal e escolho outra, mais secundária, que a mamã também já não vai tendo idade para ser prima ballerina. E ficamos as duas, ali, a rodopiar na nossa imaginação.

Em Dezembro deixamos os rapazes em casa e vamos ver o Quebra-Nozes...
Pergunta do dia:

(Afonso) Como é que os futebolistas ganham mais do que os médicos e pessoas que salvam vidas? Afinal, o que é que é mais importante? A vida ou ganhar um jogo de futebol?

Bem-vindo, Afonso, a este mundo onde tanta coisa não faz sentido...

(Mãe) Quem sabe tu contribuas para que tudo tenha um bocadinho de mais sentido, filho.