Coisas de Fadinha dos Dentes Impostora

- 2.12.16

Nonô aproxima-se com uma carta da Fada dos Dentes na mão e um ar muito zangado.


(Nonô) Mãe, desculpa mas esta letra é tua. Aqui está a prova: não há fadinha dos dentes nenhuma! Foste tu que puseste as moedas debaixo da almofada. E deitaste os nossos dentes para o lixo!

(Mãe) Não é verdade, Nonô...

(Nonô) Esta letra é tua. Tenho a certeza...

(Mãe) Mas não é verdade que os dentes tenham ido para o lixo. Estão todos guardados na gaveta do meu quarto.

(Nonô) Mas mentiste!

(Mãe) Ó filha... a mãe pode ser mãe de dia e fadinha dos dentes à noite. Pelo menos quando caem os dentes dos seus filhotes...



Nonô procura acalmar-se.



(Mãe) Não gostaste de receber uma cartinha e uma moeda sempre que caiu um dos teus dentes? Não foi divertido?

(Nonô) Foi. Mas eu não gosto que me mintas. Não me mintas mais, mãe, por favor.


Nonô afasta-se, ainda a refazer-se do choque.


(Mãe) Nonô, sobre o Pai Natal...

(Nonô) Eu sei, eu sei... Também não existe.


E é isto. Anda a uma mãe a pensar que faz bem ao despertar magia nos seus filhos, a escrever dezenas de cartas diferentes em nome de uma fadinha que nunca deu à costa, a imaginar histórias sem fim do Pai Natal... e os meus filhos, afinal, só querem que eu não lhes minta. Que seja verdadeira dos pés à cabeça. Sempre e em qualquer circunstância.
Sempre a aprender...

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